sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Encaixa comigo!


     Ainda faltam uns dias para o Natal e eu já ando a receber prendinhas. Finalmente uma lancheira à minha medida. Um pouco de cor para o almoço, com Beats para separar o principal dos acompanhamentos e da fruta e saladas e ainda traz uns talheres e o beat para molhos. O mais fantástico da Keat é que pode ir ao micro-ondas, à máquina de lavar ao loiça, ao frigorífico e congelador e ainda tem um bolsa térmica para transportar tudo em segurança nos dias de maior calor. A caixinha onde se colocam os beats faz lembrar aquelas lancheiras que usávamos na escola primária, mas na verdade foi inspirada nas bento box japonesas . E todas os beats fecham tão bem que posso correr e dançar que nenhum molho se irá espalhar na mala. 
     Estou a adorar e aconselho a todos os fãs de marmitar :)

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     C.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Sobre ser Português



     Um pouco atrasado talvez, mas...

     A vitória de Portugal contra a Suécia não vai acabar com a crise, mas todos ou quase todos concordamos que foi uma lufada de ar fresco. Mesmo que grande parte de nós tenha começado a partida com um sentimento de descrença era inevitável que o nosso coração não se vergasse às primeiras notas de “A portuguesa!”.
     Hoje parece que vos escrevo sobre futebol, mas não. É muito mais do que isso. Escrevo-vos sobre este sentimento de patriotismo que nos invade sempre que alguém fala mal do que é nosso. Seja quando Blatter achincalha o Melhor do Mundo ou quando um jornalistazinho inglês descreve a cidade do Porto como a "Detroit da Europa" ou a "mini-Havana".
     Esse sentimento de protecção e paixão quase que cega, assalta-nos sempre que alguém ousa menosprezar o nosso valor enquanto nação. E sim, estamos em crise, o nosso salário mínimo nacional é uma anedota, somos governados por corruptos e estamos rodeados de  “lobbies” e interesses individuais. Mas isto não é o que nos define enquanto povo. Somos mais que isso e esse sentimento de orgulho pelo que é nosso e é bom, esse, ninguém nos pode tirar.
     Sempre que somos distinguidos lá fora, seja pelo turismo, seja pela gastronomia, seja pelo desporto parece que o peito se nos incha. Corremos a partilhar nos nossos murais do “Facebook” o quão bem cotados estamos lá fora nessas áreas. Mas antes disso já tínhamos olhado para as praias, as encostas, os monumentos. Antes disso já tínhamos saboreado os bolos e os petiscos, já tínhamos sorvido goles de vinho com medalha e já tínhamos pensado para com os nossos botões: Se isto não é bom então mostrem-me o que é!
     Foi preciso termos chegado à sarjeta financeira e figurar no final das listas de crescimento económico, poder de compra ou satisfação para percebermos que o temos cá é bom. De repente o que antes não nos dizia grande coisa é hoje motivo de orgulho. E na verdade há coisas que o dinheiro não compra, só eleva.
     Há coisas que nenhuma “troika” nos pode tirar, a emoção de se ter no cartão do cidadão inscrito: nacionalidade portuguesa, o arrepio nos  pêlos dos braços que sentimos cada vez que um atleta nosso sobre ao pódio e se ouve o hino nacional, a nostalgia e paixão provocadas pelos acordes de uma guitarra portuguesa, o sentimento de conforto sempre que estamos fora da nossa fronteira e nos deparamos com outro de nós. Às vezes pensamos que mais valia não ter nascido aqui só por termos de estar a passar por tudo isto. Mas mesmo que façamos a mala para alcançar outros sonhos, o que nos faz vibrar  por sermos portugueses acontece aqui ou em qualquer outra parte do mundo. 

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     C.

domingo, 24 de novembro de 2013

frio lá fora e quentinho aqui dentro.




     Não sei quantos dias depois, voltei. Desculpem-me do fundo do coração, mas tenho andado aborrecida. Esta adaptação ao Inverno é sempre dura e demorada. Mas penso que estou a entrar no ritmo quanto mais não seja pelo espírito natalício que já anda por estas bandas. Pois é, o Natal está a chegar aos poucos. Já temos árvores, calendários de chocolate, maravilhas no forno e um gatinho com luzes e gorro de pai Natal. E este domingo soube mesmo bem. Assim até vale a pena ser Inverno e estar um frio dos diabos lá fora.

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     C.

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Sol de Outono.


     Não gosto de dias pequenos. Não gosto de ir de noite para casa. Não gosto que o pôr-do-sol se antecipe. Mas gosto de praia no Outono, gosto do sol que reconforta do vento frio. E gosto da ideia de aproveitar as coisas de forma mais intensa e instantânea. Como se fosse preciso correr atrás do sol antes que ele vá embora. 

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    C.

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

viagens surpresa.



     Aos anos que não ia à Nazaré. Aos anos que achava que não gostava muito de surpresas. Mas afinal gosto. E muito!

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C.

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

finamente...o gatinho!


     Foi uma luta de meses até me convencerem a ter um gato. Moro num apartamento e por isso se não fosse um gato jamais me passaria pela cabeça adoptar outro animal. Ainda assim na minha cabeça só passavam imagem de pelos por todo o lado, móveis arranhados, fios puxados na roupa e mais um montão de coisas que me iriam irritar profundamente. Para não falar de que imaginar um ser com as suas patinhas em cima de mim durante a noite já me deixavam comichosa. Mas adivinhem! Repensei, disse sim ao gatinho e ainda o deixei dormir comigo logo na primeira noite. 
     Pequenino e amoroso que é. Com aquela carinha e ar de: "Por favor! Cuida de mim! Não tenho mais ninguém a não serem as minhas Donas! Miau!". A guarda é partilhada, mas já é o príncipe lá de casa. Espero que o Woody seja um gato feliz e de preferência que nunca faça porcaria para eu nunca me arrepender desta decisão mais ou menos leviana.

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     C.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

os 25 da Lulu.


     Este ano festejamos os 25. Este anos bufamos ao quarto de século sem reclamar e sem sentimentos de culpa pelo que foi feito para trás e não resultou. Brindamos ao que está para vir, às coisas boas que este novo ano de vida nos reserva. 
     Desta vez a Lulu bufou as velas com direito a balões e cornetas (que até o vizinho do primeiro andar adorou). A Lulu foi a última a vir para Lisboa. A última que cedeu aos encantos da capital e deixou que a luz de Lisboa lhe entrasse pela alma sem protestar. E por isso, desta vez as velas bufaram-se directamente da Lisboa das sete colinas com o calor, beijinhos e miminhos do Norte.

     Combinação perfeita é esta de ter uma casa cheia de pessoas maravilhosas e uma aniversariante feliz!

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     C.

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

geração das marmitas.


     Quando era pequena usava uma lancheira cor-de-rosa da Barbie. Era pequena, mas na altura parecia-me enorme. Lá dentro eu podia colocar o meu lanche, dinheiro no porta-moedas em forma de coração que trazia agregado e quem sabem ainda teria espaço para um brinquedo e um batom. Sim, um batom. Levava-a para o ballet, para a escola e para as visitas e passeios de estudo. Quando cresci deixei de achar piada à ideia de usar uma lancheira da Barbie e trazer comida atrás para qualquer lado que fosse. Era foleiro levar lanche, as marmitas de almoço eram completamente out. Cresci mais um bocado e comecei a perceber o valor de andar sempre com comida atrás. A ideia de ir para um sitio qualquer e não ter o que comer assustava-me: e se só tiver cartão multibanco e não aceitarem? e se o meu cartão avariar? e se não houver nada para comer com bom aspecto? Na dúvida comecei a ganhar o vicio de andar sempre com um iogurte de beber, umas bolachas ou barrinhas de cereais não fosse o diabo tecê-las. 
     Hoje as marmitas estão na moda outra vez. Atenção, não fui ao baú buscar a da Barbie (embora ela ainda exista). Não há dinheiro nem saúde que resista a comer todos os dias fora o que alguém cozinhou sem vermos como o fez e o que usou. Ao menos assim sabemos o que comemos, evita-se o desperdício e ainda nos disponibilizam objectos super queridos onde colocar o que sobrou do jantar.
     Pronto...confesso-me fã da marmita e do lanchinho :) 
     
     Love
     C.

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

paredes de casa que falam#1


     O Outono traz-me sempre a nostalgia do Verão, mas ao mesmo aquele sentimento de mudança e renovação. Longe vão os tempos do novo material para a escola e o cheiro a livros novos. Agora mudamos os móveis de sitio, compramos capas de edredon novas, molduras e quadros divertidos. Tudo para o Adeus ao Verão não doer tanto.

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     C.

terça-feira, 24 de setembro de 2013

I hate it


     Não é nenhuma novidade que as novelas criam estereótipos, geralmente fazem-no de propósito e embora não seja uma boa prática acaba por ser desvalorizada se for bem feita. Quando se faz uma novela é preciso que haja estudo, trabalho de campo para perceber como são na realidade as personagens que se idealizaram antes de se colocarem em papel.

     Somos um país pequeno com sítios maravilhosos e devia ser pecado não os conhecermos. Devia ser pecado não termos ouvido com mais atenção as aulas de geografia e trocarmos viagens cá dentro por viagens lá fora sem antes conhecermos o que é nosso. E é por sermos um país pequeno que é triste ver uma novela e perceber quão grande é a ignorância dessas pessoas que a escreveram. Falo do novo lixo de ficção nacional, pois está claro. Chama-se I love it, mas bem podia ser I hate it e hate it com muita força. 

     Eu que até sou uma pessoa que gosta de novelas. Aliás, uma pessoa que não tem vergonha de dizer que gosta de novelas. Sou,também, uma pessoa crítica e verdadeiramente defensora da zona onde nasci e que sempre chamarei de “Casa”, por isso não poderia deixar esta indignação passar em branco. Moro em Lisboa e por isso não vou generalizar e concordar com o que ando a ler nas redes sociais. Não são os lisboetas que pensam que os transmontanos são atrasados, são os ignorantes que já foram a Paris, Polinésia Francesa ou Nova Iorque, mas não sabem o que se passa no país onde nasceram e moram. São as pessoas que acham que o mundo global onde vivemos só chega a Lisboa de avião ou que a Internet só chega ao litoral. 
     

     Desculpem-me, mas escrever uma personagem de 18 anos que chega a Lisboa para estudar farmácia e nunca viu o mar ou sabe o que é um mp3 é o mesmo que ter a certeza que existe vida além da Terra sem nunca a ter visto. Alguém disse a essas criaturas que na escola há aulas de informática? Ou que, por exemplo, para uma pessoa se inscrever na faculdade precisa de acesso à internet e consequentemente precisou de ter conhecimentos para fazer trabalhos num computador para ter notas e poder candidatar-se? Quem mexe num computador não sabe o que é um mp3? As pessoas em Trás-os-Montes vão à missa, é verdade. Fazem o crisma e são educados numa vida cristã, mas também costumam sair à noite. Em Bragança há shots a 1 cêntimo na Happy Hour e as miúdas também sabem o caminho para a Zara ou Bershka

     
     Sobre o mar, agora. A menos que as pessoas sejam muito pobres (porque pessoas pobres há em todo lado) é difícil alguém com 18 anos nunca ter visto o mar. E mesmo que não tivesse visto na companhia dos pais e família podia tê-lo feito numa visita de estudo. Lá em cima também temos autocarros e escolas onde nos estimulam a aprendizagem e curiosidade. Criar um estereótipo destes é o mesmo que dizer que em Lisboa as pessoas não sabem de onde aparecem os ovos ou que o leite sai das vaquinhas. 
     
     Além do amadorismo da produção desta novela a actriz também não fez o trabalho de casa. Pergunto, quando é que se vai saber imitar a pronúncia como deve ser numa novela portuguesa? Uma transmontana não fala com sotaque do Porto e muito menos das Beiras. Nada contra nenhum dos dois, mas se é para fazer coisas más ao menos que se façam de forma profissional. 
     
     De tudo o que vi, a cena que me parece mais fiel é aquela em que os pais enviam comidas transmontanas à jovem estudante em Lisboa e ela recebe a encomenda com extra-felicidade. Não sei é que amigos são os dela que não ficam entusiasmados como os meus ficam, mas isso já é uma questão de saber escolher as companhias.

     Resumindo o restante do enredo: há também um brasileiro, interpretado por um português que também não estudou muito antes de começar a representar, uma angolana, um açoriano cujo sotaque também foi muito mal trabalhado e uma que de tão chata nem reparei com atenção qual a sua importância para a história. Moram todos numa casa muito bem decorada em que a renda deve custar um balúrdio por isso, presumo que os pais se desunhem a trabalhar lá nas terrinhas para poderem sustentar a vida luxuosa dos filhos na capital.

     Ah, já me esquecia, falar incorrectamente também não devia ser uma característica associada à personagem. Uma pessoa que ingressa em Farmácia deve ter uma nota minimamente decente a Português e, por isso, cometer erros de português não faria muito sentido. Eu que também vim para Lisboa com 18 anos estudar Ciências da Comunicação sabia que dizer “Prontos” e “hadem” não era correcto, mas o meu professor catedrático dizia-o.

     Love

     C.

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

25 velas para bufar.



     Pois é. Este ano precisei de 3 pacotes de velas. Sobraram 11 é verdade, mas foram 3 pacotes e é muita responsabilidade. Não gosto muito do meu aniversário e nem é pela questão de estar a envelhecer. É mesmo por sentir que nunca me divirto como deve divertir: à grande e como se não houvesse amanhã. Mas a verdade é que há e ainda bem. Assim sendo o melhor dos aniversários continuam a ser as pessoas que estão connosco, que nos ligam, mandam mensagens, fazem vídeos e bolos deliciosos, dão prendas e postais, miminhos e nos fazem sentir parte de alguma coisa especial. 

     Obrigado por isso tudo :)

     Love
     C.

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Querida Avó



     Querida Avó,

     Escrevo-te 3 meses e dois dias depois. Escrevo-te, mas se estivesses aqui teria que ler-te esta carta. Como te lia todos os documentos que me pedias. Afinal que significância tem não saber ler quando se traz tanta sabedoria na algibeira? Lembro-me que no auge dos meus 10 anos te quis ensinar a ler e escrever e tu disseste: "- Não sejas "brutinha", burro velho não aprende línguas". Não achei o argumento convincente, mas depois reflecti e cheguei à conclusão: Que iria querer eu ensinar a alguém que já sabia tanto e todos os dias me ensinava mais coisas e coisas realmente espectaculares?
     Não sei porque demorei tanto tempo a escrever-te. Penso todos os dias em ti e de como é estranho não estares lá no sofá à nossa espera, como sempre estiveste. Daqui a 4 dias faço 25 anos e não vou ouvir a tua voz a dar-me os parabéns, nem me vais meter chocolates na mala à socapa para eu trazer para Lisboa. Tens de saber que continuamos a pensar muito em ti. Todos e todos os dias. Temos estado juntos à volta de uma mesa com comida como gostarias que fosse. E sobra sempre, porque como tu dizias "É melhor que sobre que falte". Agora, só faltas tu.
     Faltas tu com as tuas piadas espirituosas e aquelas coisas engraçadas que dizias e que ninguém estava à espera: "- Oh avó, não diga isso" e depois riamos muito. Falta ver-te na ponta da mesa onde te sentavas sempre para tomar o pequeno-almoço e enchias o copo de café com duas colheres de sopa de açúcar. "- Avó isso faz-lhe mal", "Oh..morra gato, morra farto". Faz falta a tua sopa de batatas, legumes, arroz e massa...tudo junto. Fazem falta as tuas batatas com ovo e salsicha que sabiam pela vida. Não cozinhavas para nós muitas vezes e por isso quando o fazias era uma festa. 
     Fecho os olhos e oiço a máquina de costura, o tecido de flanela a deslizar na agulha gasta pelo tempo. Oiço-te a cantar meia dúzia de versos de uma música que não me consigo lembrar. E se passo em certos caminhos vejo-te a caminhar devagar e de mãos atrás das costas como fazias sempre. E se fosse domingo ao final da tarde só nos conseguia ver a implorar "Avó, venha dormir a nossa casa!", "Só um dia", "Oh, oh..não vou nada, eu estou bem é na minha casa". Se fosse preciso chorávamos e isso era suficiente para te comover e fazer pegar nas trouxas para ires um dia que fosse. O mesmo para quando te pisávamos nas plantações da horta e tu dizias "Carai na canalha que estraga tudo com o pés" e 5 minutos depois estavas a dar-nos morangos bebés que nasciam das tuas morangueiras de estimação. 
     Não há tempo que consiga apagar tudo isto, todas a festas de aniversário, todos os jantares de Natal, todos os domingos de Verão na rua ou Inverno à beira da lareira. Não há tempo que nos faça deixar de querer ser a tua preferida e sobretudo fazer tudo para que te sintas orgulhosa. 

     Love
     C.

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

quando passamos as pontes.


     É difícil passar as pontes. É demorado e cauteloso. É, na verdade, uma tarefa que exige tacto e calma. Exige sabedoria e certezas. Passar uma ponte requer a consciência que quando estivermos lá no meio não dá para voltar atrás, deve por-nos a pensar: E se eu quiser voltar? Assumo esse risco? A certeza da passagem não deve estar com quem nos espera do outro lado, a certeza tem de estar connosco. Se não a tivermos não temos nada e mais vale dar meia volta e ficar onde estivemos desde sempre. 
     E depois de passá-la? O que acontece? 

     Love
     C. 

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Uma Gaiola muito portuguesa, com certeza!



     Há filmes que marcam gerações, outros que marcam épocas, outros ainda que marcam um ano em específico. Depois existem os que marcam as pessoas porque contam histórias de pessoas, tal como elas são.

     Entrei no cinema com grandes expectativas e 14 dias depois da estreia. Já tinha lido tudo o que havia para ler sobre o filme: actores, realizador, banda sonora e afins. Já tinha ouvido opiniões de amigos e conhecidos. Só não li as críticas escritas pelos ditos especialistas na matéria, raramente leio e neste caso não seria diferente. 

     A sala estava cheia como há muito tempo não a via, talvez porque vá poucas vezes ao cinema ou simplesmente por ser verdade que a Gaiola Dourada é realmente um sucesso de bilheteira. Sentei-me nos lugares que restavam que por sinal eram os piores. Esperava encontrar tudo aquilo que li e ouvir dizer, esperava chorar e rir, esperava ter todas as experiências que estamos longe de ter num filme banal de domingo à tarde.
     Encontrei mais do que esperava. Ri como há muito não ria numa sala de cinema e tive déjà-vus em muitas cenas do filme. Finalmente um filme onde se pode gostar de clichés, finalmente um filme onde clichés que podiam ser pejorativos se tornaram ternos e dignos de admiração. É difícil, mas conseguiram-no de forma brilhante.

     Adorei a banda sonora, acho que é uma das partes mais importantes de qualquer história. Acompanha-a, realça-a e enaltece-a. Fantástico terem escolhido Rodrigo Leão, fantástico o filme respirar lusitanidade em todos os poros mesmo quando foi produzido em França e se intitula de filme francês. 
     Emocionei na parte do fado. Não foi pela música, não foi pela actriz escolhida. Nesse momento senti-me uma estrangeira que mesmo sem entender nada e de olhos fechados podia sentir o poder do fado e das guitarras portuguesas. Arrepiaram-se-me os pêlos dos braços, arrepiou-se-me a alma. Sensação difícil de transpor para palavras.

     Tenho de confessar a minha admiração pela Rita Blanco, uma admiração que foi gradual e que culminou com este filme. Acho-a talentosa e encontro nela algo que não consigo encontrar em mais nenhuma actriz portuguesa. Tal como o fado, não consigo explica-lo. Não conseguiria imaginar outros actores neste filme, o casting foi perfeito e sinto que cada personagem foi pensada com muito carinho. Foram construções pormenorizadas e que não podiam ter sido feitas de outra forma. 
     Conseguimos ver que realmente o coração de Rúben Alves é português. E mesmo sem saber a nacionalidade, saberíamos que mais nenhum seria capaz de fazê-lo assim, tão genuíno, tão verdadeiro e simples. O facto de, em parte, ser uma homenagem torna-o ainda mais especial. Ele conseguiu numa história tão simples colocar tudo, tudo o que só nos faz orgulhar de sermos quem somos e de podermos sê-lo em qualquer país que escolhamos para ser a nossa nova casa. 
     Na verdade a magia dos filmes está nisso mesmo, tocar o coração das pessoas. A Gaiola Dourada tocou, mostrou à França e lembrou-nos a nós do que somos feitos. 


     Love
     C.

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

chilemos, irmãos!


     Não queiram imaginar como está a minha cabeça esta semana. Estou cansada, estou mesmo cansada. Aquele cansaço que vai muito além do físico e que já se confunde com "estar farta". Melhor, estou farta! Anseio só que tudo fique melhor. E não é que as minhas preces se estão quase a cumprir?! Amanhã é sexta-feira. Amanhã é dia de chilar a sério. Quando der a hora do toque, vou desligar. Vou vestir o biquíni e só o tiro domingo à noite. Vou deitar o corpo no areal, ler revistas e livros, ouvir Seu Jorge no ipod e comer bolas de berlim. Vou comer as que me apetecer. E quero adormecer na praia e no sofá. Quero encher a barriga de petiscos, andar descalça e encher-me de after sun. Quero acordar cedo sem dramas e dores e quero esquecer que depois de sábado é domingo e que segunda-feira vai começar tudo outra vez.

     Love
     C.

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

uma família de verdade!





     Já não vos mimava com fotografias de comidinhas boas há muito tempo. Ando desleixada por aqui, mas tenho aproveitado o Verão a sério, juro! Este fim-de-semana fui lá cima em visita de médico. Sabia que, ou ia agora ou ia ficar sem ver muitas pessoas este Verão e por isso meti meia dúzia de trapinhos num saco e parti. Somos muitos e é difícil conseguir juntar toda a gente, falta sempre uma ou duas pessoas que por motivos profissionais não pode aparecer. Ontem ainda não estavam todos, mas mesmo assim foi bom, muito bom. Desta vez batemos os talheres com vista para o Douro e intercalámos boa comida com bom vinho.          Numa mesa para quase 30 pessoas o mérito vai para a anfitriã que preparou comidas deliciosas com muito amor e atenção à mistura. E com amor as coisas têm um poder ainda maior. Gosto de estar assim, de volta de uma mesa grande. Sei que aconteça o que acontecer estaremos sempre assim, juntos! 

     Love
     C.

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

O sitio que nos faz.



     Quando se trata de pessoas gosto de pensar que no fundo somos todos iguais: às vezes maus, às vezes bons. Mas somos especiais por virmos de onde vimos, somos especiais pela história que trazemos na bagagem e sobretudo pelo que nos ensinaram a ser. 

     O espaço onde nascemos e onde aprendemos a caminhar, a escrever e a viver diz tanto de nós como qualquer árvore genealógica que possam ter feito com a nossa história familiar ou mesmo o grupo sanguíneo que a genética nos deu. Às vezes parece só um espaço físico, mas é muito mais do que isso e durante muito tempo a sua importância vai muito além do nosso entendimento e ânsia por sair e conhecer o mundo que nos rodeia.


     Estou em Lisboa há 7 anos. Vim com 18 feitos de fresco e uma bagagem cheia de medos e saudades. Mas sabia que tinha de vir, porquê não sei. Como se esta cidade que tanto me assustava também me puxasse com toda a sua força. Custou imenso, pensei em desistir, pensei em voltar para as saias da mãe e sonhei ter outra vez 16 anos para sempre e nunca ter de crescer. Nos primeiros tempos foi duro, não pertencia aqui, não me identificava com as pessoas e achava que elas nunca me iriam compreender. O silêncio matinal do metro era, todos os dias, uma câmara de tortura. As caras das pessoas perdidas nos livros, jornais, revistas e telemóveis era surreal e parece que ninguém reparava em ninguém, que as pessoas eram só números que estavam ali à espera de sair para realmente se tornarem  “Pessoas”, com história e vida lá fora. Ficava a imaginar onde iria aquele senhor de fato, ou aquela senhora que mastigava umas bolachas enquanto mandava sms’s. Ainda hoje penso.



     Tinha preconceitos com as pessoas daqui, confesso. Não é uma coisa de que me orgulhe, ter preconceitos torna-nos tacanhos e não gosto disso. Esperava encontrar alguém com pronúncia do Norte em qualquer lado que fosse e quando isso acontecia era o aconchego para a alma. Esperava encontrar alguém tão perdido quanto eu e com pronúncia (qualquer que fosse ela) na carteira, alguém com quem pudesse partilhar uma mesa e contar como isto tudo assustava. Encontrei. Isso é o melhor na Universidade. Pensamos que deixámos o conforto do lar para estudar e aprender uma profissão, mas é mesmo muito mais do que isso. E de repente quando sentimos que fizemos “a mudança” de uma vez por todas e que já está tudo devidamente arrumadinho nas devidas prateleiras percebemos que afinal também pertencemos um bocadinho a esta cidade. 


     Somos também uma pedra de calçada portuguesa e ao mesmo tempo turistas em part-time nesta cidade. Somos pecinhas vindo de vários cantos deste país tão pequeno e ao mesmo tempo tão distante de distrito para distrito.


     O B.I. deixa de ser muito importante e a localização actual do facebook também. Eu continuo a ter Trás-os-Montes em todos os meus poros. Ponho a mão na cintura quando refilo ou estou indignada, falo alto e com sotaque, uso expressões. Adoro expressões e adoro quando não me percebem, mas mesmo assim desperto curiosidade. Gosto de dizer de onde venho mesmo que os mais ignorantes façam comentários ridículos e sei que esse sítio que me viu nascer diz muito de mim e da forma como abro a minha porta e o meu coração ao mundo. E afinal estou aqui, o meu coração está lá e eu sou do Mundo.

     A fotografia não podia ser a melhor :) Todos os créditos à minha enorme amiga Mafalda.

     Love
     C.

terça-feira, 23 de julho de 2013

muita calma nesta alma.


     O regresso ao trabalho não foi tão mau quanto se previa. Muito trabalho, mil e-mails para enviar, centenas de assuntos para tratar e inspiração em nível baixo para tanta coisa.
      Além disto, tenho a casa como um verdadeiro campo de batalha. Pó, pó por todo o lado e salpicos de tinta em cada peça, tudo por causa das obras. Uma semana de dog a chegar a casa depois das 20h em que é praticamente impossível pensar em limpezas. Quando pudermos pegar na esfregona já nem sequer teremos espaço para pousar o casaco ao chegar a casa, sem o sujar. 
     Fora isto tudo e os mil cafés de hoje para me manter acordada e atenta está tudo bem e recomenda-se.

     Fotografia: Cortesia de Nuno Loução 

     Love
     C.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Bolas de berlim só não curam..TPM!


     Conseguem imaginar ter de regressar ao trabalho numa semana de TPM? Tudo que já era péssimo tornou-se horrível e incomportável. E de drama queen nível 3 passei imediatamente ao nível 1. Pois, vós mulheres que me leis aqui sabeis como é difícil este ciclo hormonal. Não vou tentar sequer explicar aos homens como isto doí por fora e maça por dentro. Nunca entenderiam o que é ter um pipi muito menos uma descarga de estrogénio ou queda da progesterona. E isto que nem sequer se vê, faz com que o mundo nos pareça o pior sitio para se estar, com que as pessoas que interagem connosco sejam seres que apenas nos querem mal e nasceram para nos lixar. 
     Nada serve, nada fica bem, nada encaixa, nada está onde devia estar a começar por nós mesmas. E depois de tudo isto passar, pouco a pouco volta tudo ao sitio certo e afinal não era nada. 

Love.
C.

terça-feira, 9 de julho de 2013

o verdadeiro valor das férias.







Ficava de férias o ano inteiro. Não me interpretem mal. Nos dias que correm ter um trabalho que se goste é um luxo. E eu tenho. Tenho que agradecer por isso, mas esta vida de férias fica-me mesmo bem. Era capaz de prolongá-las por mais um mês, mas enquanto não é possível vou aproveitando o melhor que posso e mentalizo-me que depois disto acabar terei os fins-de-semana para chilar com os meus amiguinhos do coração. Afinal de contas são as pessoas que fazem os sítios e são elas que concretizam o verdadeiro valor das férias.

Love
C.

domingo, 7 de julho de 2013

Os 5 km mais coloridos e felizes do planeta!




     Meus queridos,
     Fiz uma pausa nas minhas férias para correr/ caminhar os 5km mais coloridos e quentes de sempre. Com o país a arder quase que víamos a The Color Run por um canudinho. Mas com um ajuste de horário tudo se resolveu e lá fomos nós com mais de 30º em cima do corpinho levar com cores e água fresca.
Foi a primeira vez que me aventurei nestas coisas, mas quero mesmo repetir. Seja na Color ou quem sabe numa maratona a sério.
     Fiquei fã da Color Run e a alegria que tinha visto noutras fotografias e vídeos de eventos passados é mesmo real. Há muita música e cor, muita alegria. Sem dúvida o evento perfeito para tornar as pessoas mais felizes, nem que seja apenas por um dia. Para mim que estou de férias (e com grau de felicidade bastante considerável) foi a cereja no topo do bolo.

     Vou continuar com esta vida difícil :) Depois mostro-vos mais coisinhas destes dias em que até São Pedro me fez a vontade.

     Love
     C.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

pausa para cafés.


     Faltam exactamente dois dias para fazer um mês que não ponho aqui os dedos a escrever histórias de fotografias. Vergonhoso! Inadmissível! Logo eu que sempre critiquei pessoas que faziam blogues, nos habituavam a boa escrita e depois nos abandonavam sem actualizações.
     Estão a ver aquelas pausas para café a meio da manhã ou pela tarde quando é preciso respirar fundo? Ando a assim, a precisar de uma larga pausa para cafés, chás, sumos de laranja, caipirinhas, tintos e tudo que houver para beber. Uma pausa que dure duas ou três semanas para respirar e descansar a cabeça. Sim, a cabeça porque o corpo aguenta sempre mais um pouco. Deixei-me das aulas de ginástica por falta de tempo, deixei-me das corridas e por isso a minha cabeça está bem mais cansada que as minhas pernas e braços. Mas prometo aqui que a partir de dia 28 de Junho tudo vai mudar. Dias longos e com mais tempo para compensar os dias de balda. 

     Love
     C.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

as conversas são como as cerejas.


     Só já consigo pensar em cerejas, conversas, noitadas de Verão, finos gelados (mesmo com a garganta neste estado), relvas frescas para deitar o corpo, areia, água salgada, sardinha assada, cansaço depois da praia, cheiro a protector solar, dias longos e ainda falta quase um mês e meio para ir (merecidamente) de férias. Mesmo assim, é urgente começar a aproveitar, pelo menos, 80% de todas as estas coisinhas que referi. Se vocês soubessem a vontade que tenho de um biquíni no corpo e uma havaiana no pé. Se soubessem, também, como precisava que o dia tivesse 48 horas. 

     P.S - Já agora e para que se roam de inveja, aqui ficam as primeiras cerejas de 2013 :) Vindas de Norte, claro!

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     C.

domingo, 12 de maio de 2013

surpresas de sexta-feira.



     Depois de duas tentativas falhadas, à terceira foi mesmo de vez. Sexta-feira com moelas e panaché e para compensar uma semana de estudo e trabalho a B. trouxe ovinhos Kinder para todas. Um amorzinho a contribuir para a nossa celulite e felicidade. Depois de alguns percalços com a panela de pressão o resultado  gastronómico foi maravilhoso.

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     C.

segunda-feira, 6 de maio de 2013

saudades em português



     Hoje falo-vos dos que partem. Dos que, sem querer, são empurrados a fazer uma mala cheia de sonhos. Dos que depois de mil novecentas e treze tentativas são obrigados a fechar a loja e a abrir a mala noutro país ou, até mesmo, noutro continente. Todos os dias, a todos os segundos se perdem mais pessoas, mais talentos, mais sonhos bordados em português. Não falo dos que partem voluntariamente, falo dos que Passos mandou dar passos noutra calçada que não a portuguesa. Falo dos que procuram o que o nosso país não lhes pode dar. Falo dos que daqui a uns anos voltarão, com CV’s dourados e referências estrangeiras, dos que nessa altura terão o reconhecimento que não conseguiram aqui e agora. É triste. É triste precisar de sair, de morrer, de reconhecimento transcontinental para termos quem nos aplauda, quem nos admire e quem faça ruas com o nosso nome.

      Então…é melhor partir.

     Estamos a deixar que partam, estamos a deixar sair o potencial para que outros países tenham a sorte de os ver crescer, de os ajudar a crescer. Na mala levam o galo de Barcelos, as toalhas de mesa minhotas dos namorados, os azulejos, a bandeira. No ouvido o fado, o hino nacional, os poemas de Pessoa e a língua portuguesa, tão bela, tão profunda, tão genuína. Na memória os dias de sol, as praias, a dura pedra dos monumentos que se erguem em cidades cada vez mais vazias de sonhos e esperança. No paladar a feijoada transmontana, as alheiras, as açordas, os bitoques, o vinho e o azeite…as mesas fartas e perfumadas. E no coração a saudade. Essa palavra tão portuguesa, tão profunda, tão dura e difícil de ler e suportar. Ao mesmo tempo, a palavra mais bonita da nossa língua, a única sem tradução e a que levaremos no coração para onde quer que vamos.

      Não é fácil partir, ainda mais quando se leva o coração cheio de família, amigos e momentos felizes neste país que de feliz poucos dias tem tido. Ainda assim, é mais fácil partir a achar que se vai voltar…um dia. Com mais histórias, mais experiências, mais conhecimento e sobretudo a sensação de que as coisas têm ainda mais valor quando se perdem. Ou é aí que lhe damos o devido valor. 
      Mais difícil é ver partir. Quando percebemos que temos um país demasiadamente pequeno para todos. Não devia ser assim, não podia ser assim. Precisamos de um país sem cunhas, sem embaixadores de programas que nunca se percebe muito bem para que servem e que nunca passam de palavras num papel. Precisamos de um país com espaço para o talento, sem burocracias e entraves ao desenvolvimento. Precisamos de um país que nos peça para ficar, que nos erga os braços para um abraço e a esperança que tudo vai, realmente, melhorar. 

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     C.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

um pacotinho de férias.


     Há dias que não dava as caras por aqui, agora é sempre assim. Cá venho desculpar-me pela ausência e desta vez dizer-vos que requisitei um pacotinho de mini férias. Serão 5 dias para descansar as peles e para pensar em nada. Terei os miminhos da mãe, a o lar doce lar vem, literalmente, a Lisboa. Prometo um tempo para cliques especiais que depois lá vos mostrarei. Entretanto vou escolher um bom livro para ler e dar um salto pelos cds em promoção na FNAC (quem sabe na pausa dou uma vista pelos trapinhos ahaha) para me entreter já que ouvi dizer que o sol também ia de férias.

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     C.

quarta-feira, 17 de abril de 2013

aos 26 de uma princesa.



     Já vem sendo hábito isto de festejar aniversários como os ciganos. Uma semana afinal dá para muitas festas e enquanto houver um bolo e velas para soprar haverá voz para cantar. Os vinte e seis da Sónia afinal de contas são apenas um pretexto para lhe dizermos o quanto ela é especial para nós, são apenas um motivo disfarçado para juntarmos os trapinhos, sentarmos o rabinho à volta de uma mesa cheia de comida e doces e mandar umas gargalhas valentes numa noite de semana. Isto é tão bom e até os 26 custam menos a interiorizar. Meu amor lindo, muitos parabéns :) Pelo dia e pelo jantar, estás pronta para casar! 

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     C.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

descobri um novo amor.


     Pois é! Descobri um novo amor que iluminará as minhas manhãs sonolentas. Depois do número 10 da Delta decidi-me pelo novo Power Coffee. Espero que faça jus ao nome e me mantenha de pestana bem aberta e dispersa. Se entretanto me ajudar a manter acordada na viagem de regresso a casa no 28 então sim, isto será o verdadeiro POWER! A minha mãe hoje disse-me que estou viciada em café, penso que está a exagerar. Mas confesso que fiquei assustada quando dei por mim em pânico a olhar para a prateleira do supermercado com papel a indicar cápsulas de café "temporariamente indisponível". Ainda olhei duas vezes para ver se era verdade, fui a três sítios diferentes. Bufei e conformei-me com um capuccino deslavado. Agora resolvi acumular três caixas para o caso da Delta querer colocar os seus clientes em pânico. E assim estou bem mais descansada. Mas não Mãe! Não estou viciada!

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     C.   

terça-feira, 9 de abril de 2013

entretanto nas ruas de Lisboa


     Eu que nem acho que a anarquia seria solução para tudo isto com que nos deparamos todos os dias em jornais e televisões. Eu que nem acho que a culpa seja só dos que lá estão agora. Eu que nem sei qual seria a solução, sou das que às vezes lhe apetecia dizer: Oh poder, vai-te f****!

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     C.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

aos 21 de uma princesa.

     
     Quase um mês depois (Desculpem!!!!) volto com as fotografias que gosto mais, talvez daquelas que mais gostamos de guardar para a prosperidade. As fotografias de aniversário. O que eu gosto de ver pessoas a bufar velas e gosto mais ainda de vê-las felizes e a sentirem-se verdadeiras princesas. Este ano foi assim, nos próximos será certamente da mesma forma. Um brinde aos doce 21 da Joana Matias. A irmã que só podia ser minha.

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     C.

segunda-feira, 18 de março de 2013

intermitências de morte.


     Às vezes admiro os corações que se resignam. Os corações que não precisam de um porquê ou de uma justificação. Às vezes apetecia-me acreditar em Deus e nos deuses para não ter de encontrar respostas. Às vezes era melhor que a mesma resposta desse para todas as perguntas. 

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     C.

sexta-feira, 8 de março de 2013

de Fevereiro - com atraso




     O mês de Fevereiro parece-me sempre pequeno para escolher um bom tema. Este mês resolvi dar uma oportunidade ao amor e deixei-me embalar pelas pirosices do Dia dos Namorados. Escrevo-vos, portanto, sobre a minha visão do amor, sobre as várias visões do amor que andam por aí, umas mais cor-de-rosa e outras mais cinzentas, quase a roçar no negro. 
     Nunca gostei muito de dias festivos. Arrisco dizer que o único que me cativa é o Natal e não é pelas prendas. Gosto do espírito e do que anda no ar, gosto de reunir a família e de me empanturrar com coisas que só comemos nessa época. Mas de todos, o que menos gosto é o dia dos namorados. Nesse dia, tudo que já é irritante o resto do ano torna-se ainda mais foleiro. As marcas ficam pirosas e lançam campanhas cor-de-rosa só para sacarem dinheiro aos namoradinhos que apenas nesse dia se lembram que amam. E nesse dia parece que o amor sai das catacumbas mais profundas onde adormeceu nos restantes 364 e floresce em ramos de rosas vermelhas e chocolates rançosos. Desculpem, mas o amor é mais do que isso. Devíamos festejar o dia do amor, isso sim. Aliás, podíamos fazê-lo todos os dias, nem que fosse o amor por uma chávena de café expresso depois de uma noite mal dormida. Nem que fosse o amor pelo senhor que segurou a porta para nos deixar passar. O amor simples, o amor sem artefactos sem provas físicas ou ditas. O amor que não precisa de falar e muitas vezes está presente no abraço apertado de um amigo que não vemos há anos ou num olhar que cruzamos com um desconhecido num transporte público. Um olhar que fica por ali, mas que nunca se sabe no que poderia dar.  
     Queimem-se as flores de estufa e os chocolates com corantes e conservantes e escrevam-se cartas de amor. Essas que alguém chamou de ridículas, eu chamo apenas de lufadas de ar fresco para corações desconfiados. Palavras que um dia cheirarão a velho e pousar-se-ão em folhas amareladas pelo tempo, mas que ainda assim farão o mesmo sentido como quando a lemos pela primeira vez. 
     Isto tudo para vos dizer que não sou contra o amor. Sou só contra o amor programado e festejado apenas porque está assinalado no calendário, sou contra o consumismo romântico e de última hora. Sou pelo amor simples e descomprometido de rótulos. E vejo-o quando escrevo sobre qualquer coisa, vejo-o quando trabalho num projecto em que acredito, vejo-o quando dispenso uma hora do meu dia para cozinhar para amigos ou maquilho e penteio as minhas amigas para sair. Vejo-o nas coisas simples da vida como conseguir desenformar um bolo sem estragar nenhum pedaço ou terminar um livro com uma boa história.
     O amor é raro e talvez seja isso que o torna tão precioso e incalculável quando nos cai no colo. Não falo desse amor de borboletas no estômago e fugaz como o momento de soprar as velas de um bolo de aniversário, falo do amor ponderado e tranquilizante, do amor sem explicações e justificações, do amor sem hesitações, regras e condutas. Este, pode festejar-se todos os dias e sem necessidade de presentes de ocasião. 
  
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     C.

quinta-feira, 7 de março de 2013

chá de gatinhos.


     Um miminho e um cházinho de gatinhos para aquecer os corações ansiosos pela Primavera.

      Um obrigado especial à tia Zendinha pelo serviço de chá com que nos presenteou. Tantos gatinhos no facebook, trouxeram os seus frutos.

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     C. 

domingo, 3 de março de 2013

Domingo com pulsos felizes.






  Fosse eu uma bloguer de moda e podiam acusar-me de publicidade no meu cantinho. Mas é mais do que isso: é um agradecimento público por este miminho. Recebi-o na sexta-feira na minha caixa do correio e fiquei encantada. As Pulseiras da Joe são lindas e já reluzem a Verão em todos os pormenores. Hoje fui dar o meu passeio de domingo com elas nos pulsos e tirei estas fotografias para vos deixar invejosos e com vontade de dar um saltinho na página da Joe. 
     Eu que nem gosto dos domingos posso dizer que este não foi dos piores: descansei as peles, fui passear, fui correr e ainda vou fazer uma maravilhosa lasanha de frango e mais umas coisinhas inventadas na hora. Tudo para nem pensar que amanhã já é segunda-feira. 

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     C.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

era um Verão para a mesa sete, se faz favor!


     Hoje saí de casa encasacada até até às orelhas. Sair de casa neste estado a uma segunda-feira é tortura e mais tortura ainda é pensar no trabalho que se tem na agência à espera. Ia no 712 a olhar para a minha cara pálida pelo espelho do telemóvel e a pensar que dava tudo por um Verão agora. Sol de Inverno é giro depois do almoço e na hora do café expresso mexido com pau de canela, mas não deixa as garotas de corpo dourado nem está connosco tempo suficiente para sair do trabalho e ainda ir perder a cabeça por um prato de caracóis regado de panaché bem gelado. 
     Todos os dias me visto a pensar no preto e quando, de relance, olho para as roupas, pulseiras e sapatos de Verão bate uma saudade que faz toc toc com eco. Só piora quando vou à gaveta de roupa interior e em vez de um soutien sai o meu mais novo biquíni (trazido do Brasil pela minha Ritz). Quando der para dizer adeusinho aos casacões e bye bye às mantas polares e luvas faz-se uma festa..uma festa como deve ser...das que começam às 19h00 (na hora do toque) e se prolonga até que hajam pés e alma para isso.

     P.S - As pulseiras são o cheiro a Verão que se arranjou para hoje. Datam, mais ou menos, da semana do Alive e são uma obra das Pulseiras da Joe (: super coloridas e deliciosas. No fim-de-semana vou voltar a usá-las para me darem força nesta saga até ao dia em que o Verão nos vier dar um abraço. Entretanto podem dar um saltinho pela página da Joe e ver as novidades!

     Love
     C.