segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Paixão pelo Jornalismo


     Ora aqui está uma boa pergunta. Tarde demais para fazê-la, talvez. Não sei se me arrependo de ter tirado Ciências da Comunicação, a verdade é que estar prestes a terminar o meu estágio em Televisão faz-me ter um bocadinho de medo. Foi bom brincar aos jornalistas durante uns meses e se calhar depois disto posso admitir que não me arrependo da escolha, eu quero ser jornalista, bolas!      

     A magia dos três
 
     Três anos de licenciatura pouco ou nada respondem à terrível pergunta, mas entrar numa redacção de verdade e ser bombardeada, diariamente, com trabalho de verdade é terrivelmente bom. Já quis ser bailarina de tutu rosa claro, já quis ser caixa de super mercado e actriz de cinema mas quando tive que escolher de verdade escolhi o jornalismo. Se calhar porque junta os três: a novidade constante das palmas e do palco, a confusão das longas filas ao final de tarde e a improvisação dos passos de dança caso falhe a coreografia. Precisava disso tudo no meu dia para chegar a casa, cansada mas realizada. Foi o que senti nestes 5 meses, muitas horas seguidas, muitos cafés, muitos cigarros mas a sensação que não poderia ser mais competente noutra profissão, fosse a dar vacinas, a desinfectar feridas em animaizinhos ou a ensinar contas de dividir a crianças de 8 anos.
    
     Trabalho sob pressão

     Sempre li os jornais, vi televisão e ouvi rádio a pensar que gostava de estar por detrás de tudo aquilo, um dia. Sempre me imaginei numa redacção, rodeada de informação e pressão. Essa paixão pela pressão começou logo no primeiro ano de faculdade quando deixava todos os trabalhos para o último dia, aliás todos os que não exigissem grande pesquisa. As reportagens de ambiente, as crónicas, os perfis eram sempre feitas no dia anterior, depois da pesquisa como é óbvio, porque nunca gostei de queimar etapas. A inspiração só chegava sob pressão, e era nesses dias que conseguia escrever as melhores coisas ou as que me davam mais gosto em ler, depois. Sempre achei o jornalismo a profissão mais emocionante de todas. 

     Contadores de estórias

     O jornalismo responde às perguntas e coloca as questões, esta dualidade é apaixonante. E depois, há a pressão que se cria à volta de um jornalista, que tem sempre que saber tudo e tanto é uma besta como passa a bestial, o que não deixa de ser interessante. Mas a verdade é que o jornalista é um contador de estórias e isso é o que mais me fascina, mais que a pressão, até. Pode parecer poético dizer isto mas é fascinante saber que contribuímos para a informação de alguém, saber que podemos através das palavras desfazer dogmas ou adensá-los ainda mais. Eu adoro escrever e ler, adoro descobrir, procurar, vasculhar, comprovar. E basicamente é isto que ainda me faz acreditar que algum dia vou conseguir que me paguem para fazer o que gosto.

Love
C.

domingo, 26 de dezembro de 2010

Flores de Inverno no Sol de Inverno


1.Joaninha!

      Joaninha, as suas luvas rosa e as flores das nossas brincadeiras de infância! Sinceramente não sei o nome cientifico destas flores mas sei que, no auge dos meus 8 ou 9 anos resolvi dizer às minhas primas que se chamavam "Cátias"..eu a querer protagonismo. Quem sabe um dia não tenho um barco com o meu nome.

     Love
     C.

sábado, 25 de dezembro de 2010

Natal

1. Rainha Mago!
     Queridos leitores este é o meu presente de Natal para vós.
     A época natalícia costuma ser rica em ideias, pelo menos para mim, sendo assim e depois de uma noite de insónias resolvi criar este blogue. Uma coisa bem mais séria e profissional que a minha anterior experiência na blogosfera, mas calma! Prometo continuar com o meu humor estúpido.
     Ora, falando agora sobre o conteúdo do blogue propriamente dito. Uma fotografia, uma história é a continuidade de um grupo que criei recentemente nas redes sociais “Uma fotografia por dia nem sabe o bem que lhe fazia”. No entanto aqui a fotografia virá acompanhada de um pequeno texto, ou grande, dependendo do que acho que posso ter para dizer.
     A minha primeira fotografia é um tributo à infância e à noite de Natal, a noite mais quente e doce do ano. Tenho uma família enorme, ao todo 16 tios e uns 30 primos só em primeiro grau por isso a noite de Natal é sempre uma animação. Passei o Natal em casa da minha avó materna e este ano como de costume, foram 22 pessoas à mesa. As crianças estão a crescer e os brinquedos vão dando lugar a livros, perfumes, roupa etc.  A minha prima mais nova tem seis anos e por isso ainda recebe brinquedos. Fiquei fascinada com esta boneca, uma princesa em cima de um elefante roxo nada tradicional, as minhas ainda andavam de cavalo. Lembrou-me os meus tempos de infância, adorava as Barbies e as Shellys, adorava o pormenor dos sapatinhos, do blush nas bochechas de plástico e os cabelos dourados. Bonecas que pareciam sorrir com os olhos e neles guardavam todas as histórias das nossas brincadeiras em frente à lareira da avó na noite de Natal. Bonecas que iam perdendo a piada ao longo do ano conforme íamos vendo as novas na televisão e nas prateleiras do super mercado. Tenho saudades das minhas.
     Love
     C.