sexta-feira, 21 de setembro de 2012

asfalto de reclamações.


     Hoje deixo a interpretação e o texto desta fotografia para vós. É sexta-feira e eu só quero o meu sofá.

     Love
     C.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

quando cai a noite na cidade.


     Tantas conversas que este céu já testemunhou. Tantas confidencias que a Bica ouviu e quantas delas ficaram guardadas nas paredes brancas e nas sujas. Tantas novidades foram conhecidas à beira destas portas fechadas sempre prontas a acolher o cansaço de uma noite que já ia a meio. Tantas gargalhadas e gritos ouvidos por estes moradores sem saber da sua história e dos seus motivos. Tantos primeiros beijos se deram ao descer a rua a pique e a calçada descoordenada. Tantos novos planos e mudanças se juraram entre janelas fechadas e gastas pelo tempo. Tantas despedidas com promessas de voltar se guardaram nos lábios, agora silenciosos, de quem por aqui passou.

     Love
     C.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Lisboa, Lisboa.



     Lisboa das despedidas. Lisboa das chegadas. Lisboa do trânsito e do silêncio. Lisboa do fado e de Alfama. Lisboa das esplanadas e dos jardins cheios de gente ao domingo. Lisboa das filas para tudo. Lisboa do Bom dia sem resposta ou da indiferença. Lisboa bairrista e de pés no Tejo. Lisboa dos copos perdidos pela calçada portuguesa. Lisboa da música regada com vinho tinto e petiscos. Lisboa sobe e desce. Lisboa dos terraços com vista para o sol. Lisboa boémia ao descer para o Cais. Lisboa com cheiro a café pela manhã e a sardinhas assadas em Junho. Lisboa com vista para a outra margem. Lisboa fria com casacos quentinhos e capuchinos. Lisboa com luzes e azafama. Lisboa dos encontros e desencontros. Lisboa dos amores e dos finais felizes. Lisboa das descobertas perfeitas e das desilusões. Lisboa da demora. Lisboa das paredes brancas. Lisboa de traços rebeldes. Lisboa da madrugada e do final de tarde.

     Love
     C.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

a partida.


     Era inevitável. Os nossos pais ensinam-nos que devemos lutar sempre pelos nossos sonhos, custe o que custar, doa a quem doer mesmo que em certos instantes seja a nós mesmos. Nascemos e somos educados a querer o melhor e é por isso que precisamos de aprender a voar sozinhos e nada melhor que fazê-lo em voos "a sério". É isso que a R. vai buscar, os seus sonhos. E se há alguém que merece alcançá-los, essa pessoa é ela. É por isso que na partida as lágrimas foram de alegria e de tristeza. Os seguidores do meu blogue e os meus amigos mais queridos sabem que o que mais me custa são as despedidas. Voltar de uma viagem, ser domingo depois de um fim-de-semana maravilhoso e a partida de amigos são uma canseira para o meu coração. 
     R. ,
   Não podemos escolher a família e mesmo assim o amor é incondicional. Mas podemos escolher os amigos, na verdade são eles que nos escolhem, é o destino que nos junta e somos nós que os mantemos mesmo que para isso baste sermos nós mesmos. Foi isso que me fez gostar tanto de ti, logo no primeiro dia. Logo sem saber que tinhas nas veias o mesmo sangue que eu, o sangue do norte. Logo sem imaginar que desde aquele dia, eu, tu e a D. íamos ser unha e carne e ninguém iria mudar isso. Não vou dizer de tudo que vou ter saudades, tu sabes. Foram muitos dias, muitos mais do que o calendário marcou e serão muitos mais, aqui ou no Brasil. Espero por ti num sitio qualquer deste nosso país para brindar a 2013. Falta tanto, mas eu seguro as pontas até lá.

Love
C.

domingo, 9 de setembro de 2012

Obrigada!


     Não estou muito favorecida, mas este post não é sobre mim. É sobre os amigos maravilhosos que tenho e é um obrigada. Sim! Porque às vezes é preciso parar e agradecer, pelas surpresas, pela presença, pelas palavras, pelos mimos, pelos beijinhos e xis apertadinhos. Lisboa não é a minha casa, a minha casa são vocês e vocês são os melhores. Os 24 custaram menos assim.

     Love
     C.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

quase nos 24.


     Esta semana tem sido um bocado caótica, entre mil de trabalhos e os sentimentos pré aniversário ainda tenho uma casa para limpar e arrumar e máquinas de roupa para tratar. Ando bipolar, ora tenho imensa vontade de festejar e ir para os copos com os meus amores pequeninos, ora me apetece cancelar tudo e ficar em casa a ver filmes e a comer pipocas com açúcar. Estranha esta idade dos 20 quase a chegar a meio da década e a caminho dos 30. 
     Se há coisa que me preocupa é envelhecer. Não tanto fisicamente, mas mais no sentido espiritual. Às vezes imagino-me com 40 e tenho medo de deixar de fazer as coisas que faço hoje. Tenho medo de perder a vontade de sair até às tantas e chegar acabada às 7h da manhã a casa. Tenho medo de um dia ter de pensar no que vestir para esconder os kilos a mais ou o rabo descaído. Por outro lado também me assustam coisas como: um dia ter de repensar no que como ou cortar em certas coisas para não ficar gorda ou doente, perder a minha pele dos 20 anos, lisinha como rabinho de bebé. Certamente preocupações precoces para quem só ainda tem 23 anos e está prestes a entrar nos doce 24.

Love
C.

domingo, 2 de setembro de 2012

firework


     Ontem senti mais ou menos a despedida do Verão, embora mal tenha sentido o Verão de facto. O que é bom sabe sempre a pouco e acaba sem darmos por ele. E a nostalgia do final do Verão é quase como a de domingo por isso são duas juntas hoje. A somar a estas duas, a tensão do pré aniversário. O tempo passa a correr e nesta altura em que estou quase a completar mais um ano não consigo evitar fazer um relatório imaginário na minha cabeça com tudo que falhou, tudo que falhei, tudo que me falharam, as coisas boas, as más e as pessoas que fizeram dos bons e maus momentos grandes momentos, apesar de tudo. 

     Love
     C.