sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Encaixa comigo!


     Ainda faltam uns dias para o Natal e eu já ando a receber prendinhas. Finalmente uma lancheira à minha medida. Um pouco de cor para o almoço, com Beats para separar o principal dos acompanhamentos e da fruta e saladas e ainda traz uns talheres e o beat para molhos. O mais fantástico da Keat é que pode ir ao micro-ondas, à máquina de lavar ao loiça, ao frigorífico e congelador e ainda tem um bolsa térmica para transportar tudo em segurança nos dias de maior calor. A caixinha onde se colocam os beats faz lembrar aquelas lancheiras que usávamos na escola primária, mas na verdade foi inspirada nas bento box japonesas . E todas os beats fecham tão bem que posso correr e dançar que nenhum molho se irá espalhar na mala. 
     Estou a adorar e aconselho a todos os fãs de marmitar :)

     Love
     C.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Sobre ser Português



     Um pouco atrasado talvez, mas...

     A vitória de Portugal contra a Suécia não vai acabar com a crise, mas todos ou quase todos concordamos que foi uma lufada de ar fresco. Mesmo que grande parte de nós tenha começado a partida com um sentimento de descrença era inevitável que o nosso coração não se vergasse às primeiras notas de “A portuguesa!”.
     Hoje parece que vos escrevo sobre futebol, mas não. É muito mais do que isso. Escrevo-vos sobre este sentimento de patriotismo que nos invade sempre que alguém fala mal do que é nosso. Seja quando Blatter achincalha o Melhor do Mundo ou quando um jornalistazinho inglês descreve a cidade do Porto como a "Detroit da Europa" ou a "mini-Havana".
     Esse sentimento de protecção e paixão quase que cega, assalta-nos sempre que alguém ousa menosprezar o nosso valor enquanto nação. E sim, estamos em crise, o nosso salário mínimo nacional é uma anedota, somos governados por corruptos e estamos rodeados de  “lobbies” e interesses individuais. Mas isto não é o que nos define enquanto povo. Somos mais que isso e esse sentimento de orgulho pelo que é nosso e é bom, esse, ninguém nos pode tirar.
     Sempre que somos distinguidos lá fora, seja pelo turismo, seja pela gastronomia, seja pelo desporto parece que o peito se nos incha. Corremos a partilhar nos nossos murais do “Facebook” o quão bem cotados estamos lá fora nessas áreas. Mas antes disso já tínhamos olhado para as praias, as encostas, os monumentos. Antes disso já tínhamos saboreado os bolos e os petiscos, já tínhamos sorvido goles de vinho com medalha e já tínhamos pensado para com os nossos botões: Se isto não é bom então mostrem-me o que é!
     Foi preciso termos chegado à sarjeta financeira e figurar no final das listas de crescimento económico, poder de compra ou satisfação para percebermos que o temos cá é bom. De repente o que antes não nos dizia grande coisa é hoje motivo de orgulho. E na verdade há coisas que o dinheiro não compra, só eleva.
     Há coisas que nenhuma “troika” nos pode tirar, a emoção de se ter no cartão do cidadão inscrito: nacionalidade portuguesa, o arrepio nos  pêlos dos braços que sentimos cada vez que um atleta nosso sobre ao pódio e se ouve o hino nacional, a nostalgia e paixão provocadas pelos acordes de uma guitarra portuguesa, o sentimento de conforto sempre que estamos fora da nossa fronteira e nos deparamos com outro de nós. Às vezes pensamos que mais valia não ter nascido aqui só por termos de estar a passar por tudo isto. Mas mesmo que façamos a mala para alcançar outros sonhos, o que nos faz vibrar  por sermos portugueses acontece aqui ou em qualquer outra parte do mundo. 

     Love
     C.