terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

relações intensas.


     Quando estou feliz apetece-me comer, quando estou aborrecida apetece-me comer e quando estou triste vou comer para tentar esquecer. Esta minha relação com a comida é intensa. Não consigo pensar em muitos bons momentos que não envolvam comida. Não consigo imaginar uma mesa vazia sem nada para petiscar ou o meu frigorífico despido e abandonado. Penso em comida para comer, penso em comida para fazer. Se me deito já estou a pensar no que vou comer no dia seguinte. Se me levanto já estou a pensar no jantar. A leveza que sinto a ouvir bossa-nova e a cozinhar é comparável à sensação de estar numa praia sem ninguém e sentir o vento na cara enquanto oiço o barulho do mar. 
     Não lhe chamaria terapia. Mas via-me a fazer isto de cozinhar e a comer logo depois a vida toda. Essa magia vai além do resultado físico, esta magia está na cara das pessoas que vão comer e fazer desse prato um integrante fundamental daquele momento de prazer. O melhor de cozinhar está aí mesmo, na magia de fazer as pessoas felizes. Mesmo que, por vezes, essa felicidade seja egoísta e que apenas se oiça um garfo e esse garfo seja o nosso.

     Love
     C.

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