sábado, 24 de março de 2012

a playlist e os amores.


     Há uma linha muito ténue que separa uma playlist e uma paixão. Aliás, eu diria que se cruzam interminavelmente. Já dizia o Rui que "não se ama alguém que não ouve a mesma canção" e como o Rui tem sempre razão tenho de concordar, mais uma vez. E se pensarmos nisso com atenção percebemos o quão desagradável é ter um namorado que não percebe nada de música, que não ouve coisas novas e é incapaz de ouvir alguma música e dizer "esta é a tua cara". É o que chamo de uma infelicidade muito grande. 
     Eu não sei cantar nem toco nenhum instrumento, mas a música está presente na minha vida desde sempre. Lembro-me do meu rádio multicolor e das minhas cassetes amarelas e rosas, lembro-me do vinil e dessas coisas que agora estão todas na moda. Lembro-me de querer vestir uma saia rodada para dançar a lambada e pedir "esmola" a quem veria o espectáculo, como vi uma miúda a fazer no metro. Depois disso os meus gostos musicais mudaram para melhor, julgo eu. Ainda assim tenho dias de ouvir coisas estranhas e dignas de se gozar, mas a música é mesmo isso: um estado de espírito. Haja alguém que acompanhe esse estado de espírito e essa playlist.

     Love
     C.
     

4 comentários:

  1. anónimo! o que não falta é emoção praí aos montinhos ahaha

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  2. A playlist é um espelho. Descobre-se muito sobre uma pessoa quando se vê a sua playlist.

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  3. "Diz-me o que ouves, dir-te-ei quem és"

    O anónimo do costume!
    ;)

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