Porque nunca é tarde para descobrir a poesia, aqui fica um dos meus favoritos: dedicado aos que ainda não descobriram a magia de Florbela e da poesia. Espero ver o filme em breve.
Love
C.
Se tu viesses ver-me...
Se tu viesses ver-me hoje à tardinha,
A essa hora dos mágicos cansaços,
Quando a noite de manso se avizinha,
E me prendesses toda nos teus braços...
Quando me lembra: esse sabor que tinha
A tua boca... o eco dos teus passos...
O teu riso de fonte... os teus abraços...
Os teus beijos... a tua mão na minha...
Se tu viesses quando, linda e louca,
Traça as linhas dulcíssimas dum beijo
E é de seda vermelha e canta e ri
E é como um cravo ao sol a minha boca...
Quando os olhos se me cerram de desejo...
E os meus braços se estendem para ti...
Florbela Espanca
:D...
ResponderEliminarMaravilhosa a foto, maravilhoso o poema, maravilhosa a grande Florbela Espanca.
ResponderEliminarO meu fraquinho pela poesia cai mais para o lado de Fernando Pessoa e seu semi-heterónimo Bernardo Soares, mas sem dúvida a poesia portuguesa não teria o mesmo encanto sem os poemas sofridos de Florbela.